segunda-feira, 24 de outubro de 2011

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Não vou às rimas como esses poetas
que salivam por qualquer osso.
Rimar Ipanema com morena
é moleza,
quero ver combinar prosaicamente
flor do campo com Vigário Geral,
ternura com Carandiru,
ou menina carinhosa / trem pra Japeri.
Não sou desses poetas
que se arribam, se arrumam em coquetéis
e se esquecem do seu povo lá fora.


O poema é interessante e importante, só pelo fato de não se importar com formas/normas. O eu lírico deixa bem claro que não há limites para se expressar, que não é necessário seguir padrões literários, embora seja de suma importância ter o conhecimento. Além de fazer uma crítica aos poetas românticos, o autor relata a sua realidade, com uma visão muito ampla do mundo. O poema, quer retratar ao leitor que não bastar fazer meras rimas e sim fazer com que o que de fato ele sente tenha um significado verdadeiro e representativo ao leitor, existindo um sentimento em cada palavra. O poema se desenrola de uma maneira natural, ainda assim sem perder o seu verdadeiro sentido porque a estrutura da obra é o seu conteúdo.

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