quarta-feira, 26 de outubro de 2011


OUTRA NEGA FULO
O sinhô foi açoitar a outra nega Fulo
— ou será que era a mesma?
A nega tirou a saia, a blusa e se pelou.
O sinhô ficou tarado, largou o relho e se engraçou. A nega em vez de deitar pegou um pau e sampou nas guampas do sinhô.
— Essa nega Fulo!
Esta nossa Fulo!,
dizia intimamente satisfeito
o velho pai João
pra escândalo do bom Jorge de Lima,
seminegro e cristão.
E a mãe-preta chegou bem cretina
fingindo uma dor no coração.
— Fulo! Fulo! Ó Fulo! A sinhá burra e besta perguntou onde é que tava o sinhô que o diabo lhe mandou.
— Ah, foi você que matou!
— É sim, fui eu que matou — disse bem longe a Fulo,
Pro seu nego, que levou
Ela pro mato, e com ele
Sí sim ela deixou.
Essa nega Fulô!
Esta nossa Fulô!


Comentário: No meu ver percebo que esse poema ira trata de uma historia de um negra , cuja nos primeiros versos conta a história de uma personagem e depois nos outros versos vejo que o eu lirico  fará um questionamento  '' ou será era a mesma?' , assim ficará mais fácil descrever a historia .
 Quando o seu eu lirico  faz esse questionamento ele quer fazer um identidade negra para que seus leitores saibam fazer uma forma mais critica do seu poema e assim os seus leitores poderá descrever o poema com um olha mais crítico sobre o poema, pois ele conta a história de uma negra que não deixa ser violentada pelo o seu senhor, ao contrario ela vai se defende de e vai sai .


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